terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Minha reza

Passei algum tempo tentando descobrir como se rezava, e como é que uma reza poderia ter resultado. Depois esqueci essa história de aprender a rezar, mal lembrava das coisas boas da vida, até o dia em que meu corpo chorou. Meu corpo e meu coração pediam proteção, aquela que só você pode se dar, só você.
Foi então que voltei a pensar na história da reza, e comecei a achar que minha força era minha reza. O dia em que minha cabeça se perdeu foi quando o meu corpo gritou, mas o dia em que voltei a pensar, eu voltei a rezar.
Pois é, minha oração vem da minha cabeça, estravaza meu corpo e esquece até de onde veio. Mas a reza veio de mim: dos meus poros suados, dos meus cabelos caídos, dá ponta do meu pé! Foi assim que me benzi e acalmei meu coração. Me protegi para me mover.
E sabe-se lá o nome que o mundo resolveu dar a minha reza: força, fé, energia, Deus, santo, ciência, concentração... não importa. O que importa é que sinto. E é o meu sentir que me faz andar, e então assim passo o dia rezando.
Nessa andança de reza é que tudo se explode: corpo, mente, coração, emoção... tudo em nós se confunde, não existem mais nomes. E quando volto então a lembrar da reza a explosão não cessa, mas passa a me empurrar, a me fazer andar. E então, mais uma vez sentir-me me faz andar, e é rezando que ando.
E agora entendi, não tem mais como esquecer essa história de reza. Porém comeco apenas a achar que ela está em mim, queira eu ou não. Goste eu ou não meu exercício passa a ser nossa caminhada, nossa dança. E estou calma agora... minha reza não é suplício, minha reza são minhas boas lembranças!
lsg

sem dias e noites

Amanheci apenas para anoitecer.

(sem entardecer)

lsg