sexta-feira, 30 de abril de 2010

Quem é eu?

E nisso tudo só sei que não sei. Naquele momento não fui eu porque em todos os minutos eu deixo de ser eu para continuar sendo eu. Não uma eu outra mas ainda eu, sempre eu porque eu é mudança. A eu não se reterritorializa porque assim deixaria de ser eu. E na distância entre o tempo, o espaço e o passo está sempre a eu, andando. Eu é livre, faz tudo com vontade, e ri! Ah! Como a eu ri! A eu não pára, então deixa a gente ir, tchau!

lsg

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ainda que já!

Você nem me beijava tao bem assim, mas eu te amei. Você bem que tentava me alimentar, mas eu continuava com fome. E mesmo assim te amei. Seus carinhos eram esporádicos, mas ficaram guardados. Nosso encontros eram inesperados, e por isso a ansiedade sempre me tomava. Você tentou me levar a praia, mas esqueceu de marcar um dia... E ainda assim te amei! Te dei os pés e depois vi que você mal sabia segurar a minha mão. Mas você me levou contigo! Foram quase nove meses que estive dentro de você. É que eu nasci pré-matura, precisava conhecer a luz, o ar. Nossos cordòes foram cortados, nós cortamos - pois caso contrário eu morreria dentro de você. Poderia me afogar e essa nao era a intençao. E por isso ainda sinto o cheiro do sangue e ainda consigo lembrar daquele sorriso, e daquele choro de quando a criança entra em choque com o mundo. E, parece tudo mais distante agora, tudo mais leve. Vou pensando e sentindo com alegria, sem vontade de amarrar o que nao soubemos dar nó. Seguimos... e de você continuo sabendo quase nada, muito menos o que sou para você e o que você é para mim. De qualquer forma, não importa o parentesco, no importa o sexo, não importa a idade e nem a proposta, já que em todos os casos foi amor!

lsg