quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ainda que já!

Você nem me beijava tao bem assim, mas eu te amei. Você bem que tentava me alimentar, mas eu continuava com fome. E mesmo assim te amei. Seus carinhos eram esporádicos, mas ficaram guardados. Nosso encontros eram inesperados, e por isso a ansiedade sempre me tomava. Você tentou me levar a praia, mas esqueceu de marcar um dia... E ainda assim te amei! Te dei os pés e depois vi que você mal sabia segurar a minha mão. Mas você me levou contigo! Foram quase nove meses que estive dentro de você. É que eu nasci pré-matura, precisava conhecer a luz, o ar. Nossos cordòes foram cortados, nós cortamos - pois caso contrário eu morreria dentro de você. Poderia me afogar e essa nao era a intençao. E por isso ainda sinto o cheiro do sangue e ainda consigo lembrar daquele sorriso, e daquele choro de quando a criança entra em choque com o mundo. E, parece tudo mais distante agora, tudo mais leve. Vou pensando e sentindo com alegria, sem vontade de amarrar o que nao soubemos dar nó. Seguimos... e de você continuo sabendo quase nada, muito menos o que sou para você e o que você é para mim. De qualquer forma, não importa o parentesco, no importa o sexo, não importa a idade e nem a proposta, já que em todos os casos foi amor!

lsg

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