segunda-feira, 9 de novembro de 2009

in-satisfação

Começo a sentir aquela onda, uma que é física, que passa pelo meu corpo rasgando a mente, os pulmões e os rins. Os pés também estão ásperos, é resultado de algum esforço, de um prazer buscado de forma incansável.
E bem sei porque não me canso: nunca estou satisfeita. Será isso bom ou ruim? Não sei, apenas é. Quando realizo o que era novo e este tornar-se velho continuo insatisfeita porque ainda não cheguei no outro novo que já apareceu. É tudo sempre velho e novo. É assim que vou, satisfeita com minha insatisfação, feliz com os novos e velhos rumos que o mundo me dá. Mas o processo cansa, é um grande redemoinho que quer trazer tudo para dentro de si, tudo o que há em volta, quer misturar e desabar tudo. É muita força. Ela me gasta. Não sinto nada, tenho um sorriso amante e amigo, tenho um olhar perfurante.
Preciso do meu silêncio e da sua voz para abastecer meu coração e minha mente. Quero mãos que se olham, quero olhos que se dão. Quero acabar com toda a partida, a vida não é para ser jogada. Vamos olhar, vamos deixar de sermos chatos! Larguemos a tentativa de tentar encaixar tudo, de esperar finais, de fazer o tradicional. Esquece o depois, este não está em mim pois sou agora!

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