domingo, 2 de agosto de 2009

Meu toujours-ivre

Os minutos foram curtos, mas duraram muito tempo. E o tempo transformou-se em horas incontáveis. O inconsciente era mais do que prazeroso, ele regia meus braços, pernas, olhos e boca. O sorriso estampava a alegria mais profunda e contagiante, aquela que nem você mesma consegue conter ou conhecer. Tudo era intenso, uma força gostosa ora abria e ora fechava meus olhos. Eu vivia o tudo e o nada. O sono era circular, não tinham formas nem as imagens e nem as músicas que passavam pelo meu caminho. Mas tudo era perfeito. Eu estava embriagada de palavras e ausências, de memórias esquecidas e de pensamentos. Estes me enxarcavam, eu sentia o não-sentir. E agora, mais nada importa, nem os ventos nos meus cabelos descabelados. Só me resta a alegria de lembrar. E assim, toujours-ivre, a gente segue apaixonadas, esperando mais uma onda do que for.

Um comentário:

  1. novas ondas quebram na praia...

    muito boas as mensagens vindas desse coração psicodélico... continue assim!

    ;)

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